"Constelações II: uma coreografia de gestos mínimos"

Susana Mendes Silva, Professora no Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, participa na exposição "Constelações II: uma coreografia de gestos mínimos", um projeto com curadoria de Ana Rito e Hugo Barata para o Museu Coleção Berardo, com inauguração marcada para o próximo dia 9 de Outubro, às 19h.

 


Dando continuidade ao projeto inaugurado em abril deste ano e apresentando uma nova montagem e novos artistas convidados, o objetivo de "Constelações II: uma coreografia de gestos mínimos" é assumir a Coleção Berardo como um território horizontal de investigação no qual surgem «cortes» verticais, incisões na sua estabilização permanente. Neste âmbito, vários artistas nacionais e internacionais serão postos em confronto com obras seminais da coleção.
Assim, adotando uma postura anacrónica que mergulha nos diferentes núcleos da exposição, abre-se caminho para um desenho do fluxo entre a História e a sua própria investigação, que visa inquirir conexões intrínsecas entre as vanguardas do século XX e a criação atual. Este conjunto de intervenções, seguindo uma linha narrativa desprendida (e conceptual), reger-se-á pelo conceito filosófico da constelação.
A exposição apresenta obras de: Nuno Sousa Vieira, Fernanda Gomes, Kazimir Malevich, Os Espacialistas, Félix González-Torres, Fernando Calhau, Giulio Paolini, Jemima Stehli, Ignasi Aballí, Ana Hatherly, Susana Mendes Silva, José Maçãs de Carvalho, Jack Pierson, Glenn Ligon, Mark Rothko, Angel Vergara, Sarah Lucas, Gina Pane, Ernesto de Sousa, João Tabarra, Rui Chafes, Douglas Gordon, Maya Deren e Diogo Pimentão.
O trabalho de Susana Mendes Silva, professora, artista e performer, integra uma componente de investigação, e de prática arquivística, que se traduz em obras cujas referências históricas e políticas se materializam em exposições, ações e performances através dos mais diversos meios de produção. O seu universo contempla e reconfigura contextos sociais diversos sem perder de vista a singularidade do indivíduo. A sua intimidade psicológica ou a sua voz são inúmeras vezes veículos de difusão e recepção de mensagens poéticas e políticas que convocam e reactivam a memória de participantes e espectadores.

Publicado em 08.10.2019